Uma pesquisa inédita apresentou um raio-x do mercado de coworking no Brasil. Foram ouvidos donos dos espaços compartilhados de 21 estados que fazem parte da rede Woba, promotora da sondagem, formada por mais de 1,6 mil coworkings em 200 cidades.
De acordo com a pesquisa, a estrutura básica dos coworkings no Brasil inclui, além do tradicional “mesão” com estações de trabalho:
- Sala de reunião (97,4%);
- Ar condicionado (96,1%);
- Copa com geladeira para uso gratuito (88,2%); e
- Espaço para café gratuito (84,9%).
O levantamento indica que também é possível encontrar nos coworkings:
- Lanchonete ou vending machine (45,7%);
- Bicicletário (42,4%);
- Estacionamento próprio gratuito (22,4%);
- Estacionamento conveniado (30,9%); e
- Funcionamento 24 horas (23,7%).
Coworkings: investimentos em diferenciação
A pesquisa da Woba indica que 54,6% dos entrevistados disseram que o coworking funciona em imóvel alugado. Ou seja, fazem investimento no mercado imobiliário de suas localidades e, assim, espaços vêm sendo alugados e transformados em coworking.
Percebe-se ainda um movimento do mercado na busca por diferenciação da concorrência para atrair novos clientes. A pesquisa indica, por exemplo, que os donos de coworkings começam a apostar em itens ou ambientes como espaços de ioga, salão de beleza, academias e até espaços dentro de estádios de futebol.
Nesse movimento, Roberta Vasconcellos, cofundadora e CEO da Woba (ex-BeerOrCoffe), destaca que:
- 3% dos coworkings já oferecem espaço para crianças;
- 10,2% são pet friendly; e
- 39,5% possuem jardim externo.
“A estrutura básica de um coworking já atende bem os usuários, mas com a grande demanda e o aumento da concorrência entre os espaços de trabalho, os empreendedores estão começando a investir em ambientes diferenciados para oferecer uma experiência melhor”, atesta.
Desafios e momento dos coworkings
A pesquisa da Woba perguntou aos entrevistados quais as atividades mais desafiadoras na gestão do coworking. Confira os itens mais citados:
- Otimização dos espaços (32%);
- Gestão de pessoas (22%);
- Fluxo de caixa (17%); e
- Visualização de relatórios (21%).
Do ponto de vista dos entrevistados, o mercado de coworkings está em desenvolvimento. A maioria considera que a maturidade do negócio, numa escala de 0 a 10, a média é 6,5. “Está claro que, em 2023, o trabalho híbrido e o uso do coworking já fazem parte da cultura do país”, conclui Roberta.
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6 respostas para “O que diz a pesquisa mais recente sobre o mercado de coworking no Brasil”